Como surgiu a milenar arte do grafite

Alunos das Escolas Estaduais Profª Maria Josefina Kuhlmann Fláquer e Moacyr Amaral dos Santos, dos Jardins Sônia e Sílvia Maria, em Mauá, encerram neste mês de dezembro mais um curso de Grafite, uma das formas mais antigas de arte de que se tem conhecimento.

Por meio da parceria do Instituto GEA e da Petrobras, durante 12 semanas adolescentes e adultos do Projeto Jovens Caminhos tiveram contato com essa manifestação cultural, cuja origem é encontrada no antigo Egito, onde artistas usavam carvões para desenhar nas paredes das pirâmides.

Mas há quem atribua o início de tudo à antiga Itália, onde foram descobertos desenhos e inscrições em esculturas e paredes. Na verdade, o primeiro grafite foi encontrado em 1851 nas ruínas de Pompeia. Pintura em calçadas e outras formas de grafite são comuns até hoje em Roma.

Manifestação das ruas

Como arte, o grafite surgiu na década de 1970 em Nova Iorque (EUA). Jovens começaram a deixar marcas pessoais nas paredes da cidade na forma de desenhos e não apenas escritas. Como expressão cultural pública, o grafite passou a incluir desenho, pintura e escrita, ou uma combinação dos três.

O intuito principal de cada desenho deixado por esses jovens era o de impactar políticos e sociedade com as questões sociais dos menos favorecidos. Por isso o hip-hop, outra expressão popular, tem forte ligação com o grafite, pois também traduz as vivências da rua por meio da arte.

“É impossível falar de grafite sem falar do movimento hip-hop. Grafite antes de tudo é liberdade de expressão dos mais excluídos. É arte inclusiva, muito próxima da realidade das comunidades. Não precisa ser acadêmico para ser artista de grafite”, resume o arte-educador do Projeto Jovens Caminhos, Rodrigo Prado, conhecido como Smul.

O grafite chegou ao Brasil também na década de 1970, principalmente em São Paulo, tido como primeiro cenário das intervenções urbanas. O Brasil é considerado um celeiro de artistas, cujas habilidades manuais com sprays de tinta são invejadas no mundo todo. Não à toa exportamos artistas diversos, como Eduardo Kobra e Os Gêmeos.

Os grafiteiros expressam narrativas da cidade, questões diversas que atravessam a realidade social, propondo críticas e reflexões por meio de formas, cores e traços em muros e outras superfícies. Junto a outras expressões artísticas, o grafite faz parte da cultura popular em várias partes do mundo.

Fontes: https://www.culturamix.com, https://artout.com.br, https://brasilescola.uol.com.br

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